sexta-feira, 19 de maio de 2017

Terapia Ocupacional e Autocuidado

AUTOCUIDADO NA VELHICE: COMPONENTE ESSENCIAL PARA A SAÚDE DA PESSOA IDOSA

AUTOCUIDADO NA VELHICE: COMPONENTE ESSENCIAL PARA A SAÚDE DA PESSOA IDOSA
por Annie Mehes Maldonado Brito
O QUE É A VELHICE?
A velhice deve ser entendida como uma etapa do desenvolvimento que ocorre em decorrência do avanço da idade cronológica e desencadeia um processo de maturação biológica e natural no curso de vida. Apesar de um processo biológico, não deve ser compreendida somente por meio de modificações orgânicas e maturacionais, mas também constituída de consequências psicológicas. Apesar de possuir diversas variáveis que atuam e interferem no processo de envelhecimento e em como viver a velhice, é importante perceber que esta fase do desenvolvimento é única e quem a vive reage de modo particular.
Como conclusão, podemos afirmar que não existe somente um modo de viver a velhice, mas múltiplos.
O cuidado a pessoa idosa é imprescindível e essencial, independente de como se escolha viver a velhice. E, neste processo de cuidado, o autocuidado é importantíssimo.

O QUE É O AUTOCUIDADO?
Nada mais é que o investimento que o indivíduo realiza em si, beneficiando seu desenvolvimento e a manutenção de seu bem-estar, saúde e vida.
E a família neste processo de autocuidado?
A família do idoso pode contribuir tanto no seu autocuidado como também prestar diferentes formas de cuidado.
No que se refere ao autocuidado, a família pode auxiliar com incentivos, criando um contexto que favoreça esta prática e, acima de tudo, deixando que o idoso exercite sua autonomia.
Existem várias crenças, ou seja, ideias que estão no imaginário social, que podem prejudicar o cuidado a pessoa idosa. Algumas delas são:
 
AFIRMAÇÕES
VERDADEIRO
FALSO
1. VELHICE = DOENÇA

X
2. A VELHICE NÃO COMPREENDE UMA FASE DO DESENVOLVIMENTO HUMANO, MAS SE INICIA UM PROCESSO DE INVOLUÇÃO.

X
3. A VELHICE É IGUAL PARA TODOS.

X
4. O COMPORTAMENTO DA PESSOA IDOSA SE ASSEMELHA AO COMPORTAMENTO INFANTIL.

X

Velhice e doença não são sinônimos, o que significa afirmar que existem tanto idosos doentes quanto idosos não doentes. Envelhecer não é NECESSARIAMENTE sinônimo de ter doenças. A crença de que envelhecer, ou viver a velhice possui relação direta com o adoecimento estimula os sentimentos de medo, bem como práticas que podem antecipar a vivência de perdas, já que sem necessidade, familiares e cuidadores em geral, podem interferir na autonomia do idoso, o que consequentemente desencadeará um processo de dependência da pessoa idosa.  
A crença de que a velhice não compreende uma fase do desenvolvimento TAMBÉM contribui, prejudicando a autonomia das pessoas idosas, já que essa ideia pode levar familiares, cuidadores e demais pessoas a tomar para si todas as decisões relativas à vida do idoso, o que pode predispor ou reforçar um quadro de dependência.
Atribuir a mesma característica de comportamento a todas as pessoas idosas é o mesmo que invalidar a característica de heterogeneidade própria do processo de envelhecer e de vivenciar cada etapa da velhice. Cada pessoa é única, e isso não muda ao longo da velhice.
Quando se iguala o desenvolvimento da pessoa idosa ao desenvolvimento infantil contribuímos com a propagação de ideias erradas sobre a velhice, já que invalidamos todo o passado vivido por quem está nesta fase. Essa crença pode acarretar práticas sociais igualmente negativas com as pessoas idosas. Quando pensamos que criança e idoso são iguais em seu comportamento estamos compreendendo que podemos interferir na vida do idoso igualmente fazemos ao educar uma criança.
Em síntese, as diversas crenças falsas podem legitimar práticas sociais compostas por crendices, essas práticas contribuem na disseminação de ideias errôneas e preconceitos que repercutem no cotidiano da pessoa idosa. As principais consequências são: criação de quadros de dependência por parte da pessoa idosa, que pode se tornar insegura, e desenvolver diversos sentimentos negativos, além de sua infantilização.
É importante que cuidemos do nosso idoso. Que ele realize atividades e tarefas respeitando o seu ritmo. Que respeitemos suas escolhas. Que o incentivemos a se cuidar dentro de suas possibilidades. E que, por fim, tenhamos cautela no cuidado que dispensamos a eles. Caso não saibamos O QUE e COMO fazer algo, que procuremos o devido auxílio com profissionais competentes.
REFERÊNCIAS
Caldas, C.P. (2006). O autocuidado na velhice. Em: E.V. Freitas, L. Py,  F.A.X Cançado, J. Doll & M.L. Gorzoni. Tratado de geriatria e gerontologia. 2º ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 1430-34.


Jodelet, D. (2009). Contributo das representações sociais para o domínio da saúde e da velhice. Em: M. Lopes, F. Mendes & A. Moreira (Coord.). Saúde, educação e representações sociais. (pp. 71-149). Coimbra: Formasau.

 
[1] Profª Drª do Centro Universitário da Grande Dourados - UNIGRAN

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Terapia Ocupacional e tecnologia

Dispositivo ajuda pacientes com Parkinson a interromper tremor das mãos

Protótipo fez designer voltar a desenhar e escrever após anos sem firmeza entre os dedos. Tremor do aparelho 'distrai' cérebro, segundo criadores.

Paciente com Parkinson escreve à esquerda a mão livre; à direta, com a ajuda do relógio Emma (Foto: Microsoft/Divulgação)Paciente com Parkinson escreve à esquerda a mão livre; à direta, com a ajuda do relógio Emma (Foto: Microsoft/Divulgação)
Paciente com Parkinson escreve à esquerda a mão livre; à direta, com a ajuda do relógio Emma (Foto: Microsoft/Divulgação)
Um novo relógio inteligente foi projetado para pausar os tremores nas mãos dos pacientes com Parkinson, doença que afeta as células nervosas do cérebro e que ainda não tem cura. O protótipo, criado pela diretora de pesquisa e inovação da Microsoft, Haiyan Zhang, está em fase de testes, mas já ajudou uma designer a voltar a escrever e desenhar. Assista ao vídeo:
Relógio inteligente ajuda a pacientes com Parkinson a interromper tremor
No vídeo apresentado pela empresa, Emma Lawton, de 33 anos, recebe um tablet conectado ao novo relógio. Há anos a designer não consegue escrever, desde que começou a desenvolver a doença em 2013 - antes do protótipo, ela não era capaz de fazer qualquer linha reta.
Ao colocar o dispositivo no braço, os tremores diminuem e Lawton consegue voltar a fazer os traços no papel com precisão.
Letra de Emma sem usar o relógio à esquerda, e, à direita, usando o protótipo (Foto: Brian Smale/Microsoft/Divulgação)Letra de Emma sem usar o relógio à esquerda, e, à direita, usando o protótipo (Foto: Brian Smale/Microsoft/Divulgação)
Letra de Emma sem usar o relógio à esquerda, e, à direita, usando o protótipo (Foto: Brian Smale/Microsoft/Divulgação)
"A tecnologia está se encaminhando e trazendo um alívio sintomático, para tornar a vida mais fácil", diz Lawton. "É nisso que estou interessada. Toda a ideia de tecnologia para o bem". "Mas mais do que tudo, eu só queria ser capaz de escrever meu nome corretamente", completou.
De acordo com a Microsoft, a história de Emma inspirou Zhang, que passou seis meses estudando a doença para construir uma ferramenta que interrompesse os efeitos do Parkinson. Ela testou versões iniciais do dispositivo em outras quatro pessoas, com sucesso em três delas.
Relógio Emma ao lado do tablet que regula os movimentos (Foto: Brian Smale/Microsoft/Divulgação)Relógio Emma ao lado do tablet que regula os movimentos (Foto: Brian Smale/Microsoft/Divulgação)
Relógio Emma ao lado do tablet que regula os movimentos (Foto: Brian Smale/Microsoft/Divulgação)

Como funciona

A tecnologia, segundo a empresa, transmite às mãos vibrações semelhantes às dos telefones celulares, que distraem o cérebro para se concentrar em algo diferente de tentar controlar os membros do paciente. Essas vibrações também têm um papel de estabilização nos movimentos causados pelo Parkinson.
Em pessoas com essa doença, o cérebro dispara sinais extras para os músculos. Isso cria uma repetição caótica de interação que faz com que os músculos tremam ao tentar executar muitos movimentos de uma só vez. As vibrações do relógio parecem fazer com que o cérebro se concentre em seu pulso direito, aparentemente reduzindo as mensagens do cérebro para aquele ponto.
O padrão da vibração também é importante. Para Lawton, uma vibração rítmica é mais eficaz. Para os outros usuários, um ritmo mais aleatório pode funcionar melhor. Um aplicativo especialmente projetado para isso controla a velocidade de vibração.
"É um pouco um milagre dos dias modernos, alguém que não é capaz de escrever e desenhar e, em seguida, ser capaz de fazer novamente", disse Lawton.
Vale lembrar que o relógio não é um tratamento, apenas uma objeto externo que pausa os tremores. O protótipo foi batizado com o nome da designer: Emma.
O próximo passo do desenvolvimento ocorre em Londres, para otimizar a tecnologia. A Microsoft diz que Zhang está trabalhando com uma equipe de neurociência, fazendo mais testes para o dispositivo. Lawton ajuda como consultora do grupo.
A empresa já apresentou a inovação na Build 2017, evento de desenvolvedores que ocorreu entre os dia 10 e 12 de maio. Por enquanto, não há uma data estabelecida para venda nos Estados Unidos, nem uma expectativa de preço.

Dispositivo ajuda pacientes com Parkinson a interromper tremor das mãos

Protótipo fez designer voltar a desenhar e escrever após anos sem firmeza entre os dedos. Tremor do aparelho 'distrai' cérebro, segundo criadores.

Paciente com Parkinson escreve à esquerda a mão livre; à direta, com a ajuda do relógio Emma (Foto: Microsoft/Divulgação)Paciente com Parkinson escreve à esquerda a mão livre; à direta, com a ajuda do relógio Emma (Foto: Microsoft/Divulgação)
Paciente com Parkinson escreve à esquerda a mão livre; à direta, com a ajuda do relógio Emma (Foto: Microsoft/Divulgação)
Um novo relógio inteligente foi projetado para pausar os tremores nas mãos dos pacientes com Parkinson, doença que afeta as células nervosas do cérebro e que ainda não tem cura. O protótipo, criado pela diretora de pesquisa e inovação da Microsoft, Haiyan Zhang, está em fase de testes, mas já ajudou uma designer a voltar a escrever e desenhar. Assista ao vídeo:
Relógio inteligente ajuda a pacientes com Parkinson a interromper tremor
No vídeo apresentado pela empresa, Emma Lawton, de 33 anos, recebe um tablet conectado ao novo relógio. Há anos a designer não consegue escrever, desde que começou a desenvolver a doença em 2013 - antes do protótipo, ela não era capaz de fazer qualquer linha reta.
Ao colocar o dispositivo no braço, os tremores diminuem e Lawton consegue voltar a fazer os traços no papel com precisão.
Letra de Emma sem usar o relógio à esquerda, e, à direita, usando o protótipo (Foto: Brian Smale/Microsoft/Divulgação)Letra de Emma sem usar o relógio à esquerda, e, à direita, usando o protótipo (Foto: Brian Smale/Microsoft/Divulgação)
Letra de Emma sem usar o relógio à esquerda, e, à direita, usando o protótipo (Foto: Brian Smale/Microsoft/Divulgação)
"A tecnologia está se encaminhando e trazendo um alívio sintomático, para tornar a vida mais fácil", diz Lawton. "É nisso que estou interessada. Toda a ideia de tecnologia para o bem". "Mas mais do que tudo, eu só queria ser capaz de escrever meu nome corretamente", completou.
De acordo com a Microsoft, a história de Emma inspirou Zhang, que passou seis meses estudando a doença para construir uma ferramenta que interrompesse os efeitos do Parkinson. Ela testou versões iniciais do dispositivo em outras quatro pessoas, com sucesso em três delas.
Relógio Emma ao lado do tablet que regula os movimentos (Foto: Brian Smale/Microsoft/Divulgação)Relógio Emma ao lado do tablet que regula os movimentos (Foto: Brian Smale/Microsoft/Divulgação)

Terapia Ocupacional: Reabilitação de pacientes com sequelas de AVC. Estudo realizado na Alemanha.

A imitação pode curar Neurônios-espelho nos permitem simular internamente as ações dos outros. A medicina está interessada nessa prop...