ADULTOS
EM SITUAÇÃO DE RUA
RESUMO
Este trabalho visa conhecer como funciona o atendimento dos adultos em situação de rua dentro do Albergue S. C. Nesta instituição são desenvolvidos projetos de acolhimento e inclusão social de adultos em situação e vulnerabilidade social, por meio de implantação de ações comunitárias que buscam promover melhora da qualidade de vida dos indivíduos, estabelecendo vínculos com as redes de suporte e quando possível encaminhar o sujeito que se encontra em situação de desfiliação para ser acolhido e integrado na sociedade.
INTRODUÇÃO
Este trabalho apresenta a realidade dos
adultos em situação de rua, como eles são vistos perante a sociedade, por meio
de alguns relatos de vida dos moradores e de nossas observações no Albergue S. C.
Moradores
de ruas são seres humanos que vivem fora do contexto social e a pobreza é um
dos fatores que mais contribui para o desequilíbrio social. Esta população
inclui crianças, adolescentes, adultos e idosos que estão na rua por causas
variadas, como o abandono familiar ou até falta da família, situação econômica,
desemprego, desajuste social e problemas psicológicos e mentais. A maioria dos
moradores permanece nas ruas, pois nas ruas eles têm sensação de liberdade e
pode viver a vida sem compromisso e responsabilidade.
Segundo Maria, Eneida e Cleisa
Organização, e Redação Final (2004), “A população em situação de rua normalmente
abriga-se em logradouros públicos, tendo como moradia praças, calçadas,
terrenos baldios, locais abandonados, ou sob viadutos e marquises”. Pessoas que
pernoitam em albergues públicos ou entidades sociais também são consideradas
moradores de rua. O percurso do albergue à rua é caracterizado pelas sucessivas
rupturas ou perdas em suas histórias de vida.
As condições
precárias vividas pelo sujeito na rua acompanham perdas individuais, podendo
refletir na saúde física e mental das pessoas que tem a rua como local para
viver. As circunstâncias que colaboraram para as condições de viver nas ruas
estão muitas vezes relacionadas ao desentendimento ou perda familiar, doenças
ou desempregos. Provavelmente o uso frequente de bebidas alcoólicas e outras drogas
são comuns no cotidiano da população que mora na rua sendo um meio de suportar
e enfrentar a situação.
As ruas também são
vistas pela a população acima citada como lugar de distribuição gratuita de
alimentos (boca de rango). E realizado uma oração antes ou depois da
distribuição da comida que permeia a prática da maior parte dessa rede
filantrópica (instituições religiosas).
Para a população em situação de
vulnerabilidade a rua pode ter pelo menos dois sentidos: o de construir um
abrigo ou um modo de vida para a população sem recurso.
De acordo com Maria, Eneida e Cleisa
Organização, e Redação Final (2004). “Ficar
na rua (circunstancialmente),
reflete um estado de precariedade de quem, além de estar sem recursos para
pagar pensão, não consegue vaga em um albergue Pode ser fruto de desemprego,
especialmente na construção civil, quando, junto com o trabalho, se perde a moradia
no alojamento da obra, Estar na Rua(Recentemente),
se refere à situação daqueles que, desalentados, adotam a rua como local de
pernoite e já não a considera tão ameaçadora. Começam a estabelecer relações
com pessoas da rua e conhece novas alternativas de sobrevivências, Ser da Rua (permanentemente) o
individuo sofre um processo depauperamento físico e mental e função da má
alimentação, precárias condições de higiene e pelo uso constante de drogas. Essa
população também esta exposta a toda a sorte de violências vindas da polícia,
dos próprios companheiros, transito entre outros.
O que unifica essas situações e permite
designar os que a vivenciam como população de rua é o fato de que, tendo
condições de vida extremamente precárias, circunstancial ou permanentemente, utiliza
a rua como abrigo.
Na
situação de desfiliação os moradores de rua estão sujeitos ser tornar dependentes
de drogas.
De
acordo com Silveira (2002) “As dependências químicas são conceituadas como
comportamentos que se caracterizam pelo impulso a consumir uma determinada
substância psicoativa, contínua ou periodicamente, com a finalidade de obtenção
de um estado alterado de consciência. Frequentemente o uso está associado à
sensação de prazer ou a procura deste.”
De
acordo com Yasbek (1992), O campo da subordinação Ao colocar a questão sob a perspectiva da
realização de direitos sociais e como estratégia para enfrentar o processo de
espoliação a que são submetidos os usuários de protagonismo como sujeito.
De acordo com Sposati(1988) “A ausência
de uma política de assistência claramente formulada pode ser observada na
dispersão e multiplicidade de ações institucionais em seu caráter pontual e emergencial.
“Ressalta-se que, no caso da assistência, o Estado, muitas vezes, abarca as
iniciativas da rede solidarias de entidades nos movimentos da sociedade civil
direcionados ao enfrentamento de questões relativas à minimização da pobreza.
Analisar as ações municipais na área da assistência social e particularmente
suas formas de atendimento à população de rua não significa excluí-los do
“contexto mais amplo ou, ainda, autonomizar o governo municipal em relação ao
caráter assumido pelo Estado nas sociedades capitalistas, especificamente a
brasileira”.
- Política Nacional de Assistência Social (PNAS) reconheceu a atenção à população em situação de rua no âmbito do SUAS. Lei nº 11.258 de 2005, inclui, no parágrafo único do Artigo 23 da Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS, a prerrogativa de que, na organização dos serviços da Assistência Social, deverão ser criados programas destinados às pessoas em situação de rua.
- -Decreto s/nº, de 25 de outubro de 2006 – instituiu o Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), coordenado pelo MDS, com a finalidade de elaborar estudos e apresentar propostas de políticas públicas para a inclusão social da população em situação derua.
- - Portaria MDS nº 381, de 12 dedezembro de 2006 do MDS – assegurou recursos do cofinanciamento federal para municípios com mais de 300.000 habitantes com população em situação derua, visando apoio à oferta de serviços de acolhimento destinados a este público.
- - Resolução do Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS nº 109, de 11 de novembro, de 2009. Documento que tipifica os serviços socioassistenciais em âmbito nacional, dentre os quais os serviços destinados ao atendimento à População em Situação de Rua na Proteção Social Especial - PSE: Serviço Especializado em Abordagem Social; Serviço Especializado para Pessoas em Situação deRua; Serviço de Acolhimento Institucional (que incluem adultos e famílias em situação derua) e Serviço de Acolhimento em República (que inclui adultos em processo de saída das ruas).
- - Decreto nº 7.053, de 23 dedezembro de 2009 – instituiu a Política Nacional para a População em Situação de Rua e o seu Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento.
- Resolução da Comissão Intergestores Tripartite – CIT nº 7, de 07 de junho de 2010 - pactuou critérios de partilha de recursos do cofinanciamento federal para a Expansão dos Serviços Socioassistenciais 2010, com recursos advindos do Plano Integrado de Enfrentamento ao crack e outras Drogas (Decreto 7179, de 20 de maio de 2010).
- Portaria Nº 843, de 28 dedezembro
de 2010 – Dispõe sobre o c cofinanciamento
federal, por meio do Piso Fixo de Média Complexidade - PFMC, dos serviços socioassistenciais ofertados pelos Centros de Referência Especializados de Assistência Social - CREAS e pelos
Centros de Referência Especializados para População em Situação de Rua, e dá outras providências.
- A população em situação de rua é caracterizada de acordo com o Decreto nº 7.053, de 23 Dezembro de 2009, que institui a Política Nacional para a População em Situação , trata-se de grupo populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares fragilizados ou rompidos e a inexistência de moradia convencional regular. De acordo com a pesquisa realizada por Silvia Maria Schor, Maria Antonieta da Costa Vieira em 2009 na cidade de São Paulo, 13.666 pessoas encontrava-se em situação de rua.
- Os serviços Especializados para Pessoas em Situação de Rua são ofertados para aqueles que utilizam as ruas como espaço de moradia ou sobrevivência. Tem a finalidade de assegurar atendimento e atividades direcionadas para o desenvolvimento de sociabilidades, na perspectiva do fortalecimento de vínculos interpessoais ou familiares que oportunizem a construção de novos projetos de vida. Sendo incluída no Cadastro Único de programas sociais, para potencializar o acesso da população aos programas complementares destinados aos usuários do Cadastro Único e à rede de serviços, benefícios e programas de transferência de renda e produzir informações que contribuam para o aprimoramento da atenção a esse segmento nas diversas políticas públicas.
- Existe etapas que devem ser consideradas para a inclusão das Pessoas em Situação de Rua no Cadastro Único para Programas Sociais inclui a Identificação e Encaminhamento para os Postos de Cadastramento – realizados por profissionais da PSE do SUAS nos municípios (Serviço Especializado em Abordagem Social; Serviço Especializado para Pessoas em Situação deRua; Serviço de Acolhimento para População em Situação de Rua; outros serviços, Unidades; ou equipe/profissional da PSE do SUAS no município, desde que também definido como referência na localidade para esta identificação).Erealizado pelos entrevistadores do Cadastro Único nos postos de cadastramento designados pelo gestor local para este fim.
- O cadastro deve ser atualizado, os encaminhamentos devem ser feitos pelos profissionais do serviço socio assistencial que estejam acompanhados de pessoas em situação de rua cadastradas.
- O endereço do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua institucional pode ser utilizado como meio de referência para os seus usuários. E para fins de inserção das pessoas no Cadastro Único para Programas Sociais, que exige endereço aos cadastrados.
- Para as pessoas em situação de rua que recusarem o encaminhamento ao posto de cadastramento, mas demonstram interesse na inclusão do Cadastro Único, a entrevista e o preenchimento dos formulários poderão ser realizados, excepcionalmente, na rua, por profissionais designados à abordagem social desse público no município. Nessa direção, recomenda-se esforço por parte da equipe de abordagem social, para sensibilizar as pessoas em situação de rua a se dirigirem ao posto de cadastramento. Assim, é essencial que os profissionais responsáveis pela abordagem tenham informações sobre o Cadastro Único e o Programa Bolsa Família, para a adequada orientação da população.
- Para maiores esclarecimentos sobre a inclusão das pessoas em situação de rua no Cadastro Único, consultar o Guia de cadastramento de pessoas em situação derua, bem como a Instrução Operacional conjunta SNAS e SENARC Nº 07, de 22 de novembro de 2010, disponíveis no Portal do MDS.
De
acordo com o Deputado Federal ANTONIO BULHÕES / PMDB-SP pronuncia o seguinte discurso
(2006), minha inconformidade com problemas com que se defronta a população
brasileira não é pequena. A rigor, chega mesmo à indignação, desalento e
profunda tristeza com relação a muitos deles. É o caso das sucessivas mortes de
moradores de rua em vários pontos do País.
Morar
na rua é uma desventura de origem multifatorial. Entre suas causas destacamos o
crescimento populacional, a deficiência da rede de saúde mental, o desemprego,
a desestruturação familiar, drogas, migrações, pobreza. Haja vista, em 2004, o
massacre da Praça da Sé, em São Paulo, de 16 deles, em questão de dias, com a
cabeça desfigurada a golpes por objeto contundente. Muitos faleceram e suas
mortes são comuns em grande parte das terras brasileiras, Para agravar a vergonha, saiba-se que apenas
15% dos moradores vivem de esmola. A maioria trabalha e não tem onde viver
porque ganha pouco. E muitos dos pedintes, pode-se com certeza imaginar, não
trabalham porque estão doentes, não têm condições de trabalhar.
METODOLOGIA
Inicialmente realizamos pesquisa
cientifica na instituição Albergue com perguntas elaboradas estruturada e semi
estruturadas, estudo de artigos, livros de Pesquisas sobre o assunto entrevista
com moradores de rua, com o objetivo de conhecer sobre o contexto do cotidiano
dos moradores de rua, alguns aspectos do comportamento humano dentro dos
diferentes grupos e sua cultura.
Os programas oferecidos pela instituição
são de âmbito Social e Psicológico, com a finalidade de reintegrar moradores na
Sociedade. Dando atenção aos moradores de alta Vulnerabilidade, pois a
instituição não integra outros Programas.
Não são aceitas pessoas que tem moradia,
sendo admitido somente moradores de rua. Para ter acesso ao albergue são
exigidas as seguintes documentações RG / CPF, dependendo da faixa etária
menores, acompanhados de seus pais, exige certidão de nascimento.
São oferecidas 350 vagas para a faixa
etária de 0 a 100 anos independentemente do gênero, separados por sexo. O
Albergue trabalha com um sistema de excedente de três faltas perde a vaga.A população
alvo que pernoita no Albergue são moradores de rua que recebe atendimentos de
orientação individual, participam de atividade como palestras, artística,
artesanal e passeio cultural sem custos.
Existe uma dinâmica de funcionamento
integral, estabelecendo horários de entrada e saúda das 7 às 20h, retornando
para o almoço que começa a serem servidos às 12 horas.
Aos domingos os moradores do albergue passam o dia na instituição em uma sala com televisão, onde existem
normas onde a TV é sintonizada em apenas um canal, (Globo) segundo uma funcionaria da instituição para não haver discórdia entre os moradores pela troca de emissora, foram
estabelecidas regras.
No Albergue não são oferecidos trabalho
voluntariado, mas existe um trabalho voluntario que é proporcionado pela
Faculdade Uni Castelo na parte de Nutrição e Enfermagem, por curto período onde
os Alunos acompanhados de seus Docentes realizam trabalhos de cardápios para as
refeições e Coleta de Papa Nicolau pelos alunos de Enfermagem.
O espaço físico da instituição é amplo,
constituído por dois andares sendo divididos por recepção, área
administrativas, Biblioteca, oficina de artesanatos, Cozinha, sala de TV,
banheiros, sala de reunião, alas femininas e masculinas, ala masculina para
idosos com doença mental, permanecendo asilados na mesma e um jardim
arborizado. Segundo G. o local passará por uma reforma significativa
sendo padronizados com as instituições C., será investido um milhão de
reais para melhoria do espaço e da qualidade de vida dos moradores. Foi exigido
pela a Diretora Geral da S. C. que o local permanecesse limpo por tempo
integral.
Segundo a funcionários do albergue não
necessita de outros programas, pois julga estar completo com as parcerias já
existentes. Quando questionada pela falta de outros profissionais e outras
necessidades relata que falta, mas, no entanto não poderá colocar para não comprometê-la.
Os moradores do Albergue recebem assistência médica da prefeitura e da equipe dos
médicos da família o qual estava no local no dia da visita.
INTERVENÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NO CAMPO SOCIAL
Acolhimento a
Terapia Ocupacional, dos adultos em situação de rua para tratamento de dependência
química.
O primeiro contato dos adultos em
situação de rua para o tratamento de dependência química pode ser realizadas em
grupo ou individual, com o objetivo de garantir um espaço de troca onde as
angustias seja acolhidas. Os dependentes procuram ajuda nos momentos de
sofrimento intenso. O foco do terapeuta ocupacional e acolher o sofrimento para
secundariamente ser elaborado o plano terapêutico.
De acordo com Parada (2000) Conceitua o acolhimento como uma função,
discutindo detalhadamente esta noção e a diferenciando das ideias de
acolhimento como um lugar, um modo ou outro de proceder, uma primeira consulta
ou um grupo de triagem, isto é, o acolhimento não se resume a uma ou outra
conduta estabelecida. Esta função, como uma função institucional, como
chama o autor, depende inteiramente das concepções teóricas que a sustentam,
isto significa tanto as concepções que norteiam a compreensão dos fenômenos
como o tipo de cuidado que se quer oferecer.
Em estudos anteriores apontamos para a
importância do atendimento da terapia ocupacional desde as fases iniciais do
tratamento pela possibilidade de criação de um espaço de suporte para o
paciente (TEDESCO, 1997).
Nos procedimentos da Terapia Ocupacional
focalizamos o que o sujeito vai fazer e o que ele precisa fazer com o seu
fazer. Há uma exploração do saudável que reorganiza a realidade externa.
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NO CAMPO
SOCIAL
Objetivo:
Tratara
dependência química
Procedimento:Proporcionar
no contato com os adultos em situação de rua um trabalho de escuta. O foco
do Terapeuta ocupacional é de acolhimento das angústias e sofrimentos da
população acima citada, propondo atividades onde essa população possa ter uma
troca em grupo ou individual de suas experiências para o tratamento de dependência
química. O terapeuta mantém o vínculo com as redes de apoio para possível
encaminhamento da população assistidas.
Objetivo:
Inclusão
Procedimento:Para
incluir o sujeito no âmbito social, produtivo e educativo deve-se capacitar o
mesmo para ingressar no mercado de trabalho após o tratamento e recuperação da
dependência química.
Objetivo:
Trabalho junto à comunidade
Procedimentos:
O
Terapeuta Ocupacional pode desenvolver trabalhos de capacitação junto às
empresas, a comunidade e subprefeituras dos diversos bairros por onde circulam
os moradores de rua, buscando uma oportunidade de vaga de emprego, pois alguns
adultos em situação de rua tem ensino superior e bilíngue pode-se treiná-los
para voltar a sua área qualificação os
que não têm ensino fundamental pode atuar em faxina, ajudante de cozinha entre
outros.
Objetivo:
Geração de renda
Procedimento:
Criar
uma cooperativa para trabalhar com material reciclável possibilitando a união
dos moradores de rua, com a venda de materiais de sucata, para geração de renda, dando assim autonomia e
estruturação de identidade, das pessoas que estão em vulnerabilidade diante da
vida que foi perdida no passado,para manter suas condições financeiras, e
regressar para o convívio familiar, e os
moradores que perderam o vinculo familiar
possa ter um local de para morar.
Objetivos:
Criação de Oficinas de Artesanatos:
Procedimentos:Os
que não têm condições de trabalhar devido, alguma patologia (doença) pode-se
buscar benefícios junto ao INSS, usando como referências endereço do Albergue
onde são convidados os adultos em situação de rua, para participar das oficinas
de artesanato jogos grupais com o objetivo de ativar a memória, passeios em
parques, entre outros,para desempenhar suas técnicas e habilidades com o
intuito de amenizar seus problemas pessoais.
RELATOS DE HISTÓRIAS DE VIDA
Entrevistamos
três moradores (a) de rua, com o propósito de apresentar os relatos de vida.
1°
Relato
J. M 55 anos, nascido em São Paulo formado
em Engenheiro Agrônomo, foi morar na rua após perder o emprego, separado de sua
esposa, morando um mês na casa de cada filho bem sucedidos, relatou ser
maltratado e humilhado por suas noras por estar desempregado. Para não causar
discórdia no lar de seus filhos, literalmente foi obrigado a viver na rua e
pernoita no Albergue. Mesmo ele morando na rua, a prefeitura ofereceu cursos no
SENAC, para moradores de rua que são cadastrados em Albergue.
2º
Relato
P. 59 anos, nascida em São Paulo trabalhou
no INSS como contratada, comprou um apartamento em sociedade com a irmã é após
um tempo sua irmã a mesma, que a enganou, pois o documento onde ela doava sua
parte a sua irmã. Cuida-se de forma higiênica e estética. Nunca morou em
Albergue, pernoita próximo à guarita da policia.
3°
Relato
M. 35 anos, nascido
em Piauí, veio para São Paulo com seus parentes e primos devido uma desilusão
amorosa, exercendo a função de Carroceiro.
Começou a usar drogas (maconha, cachaça
e cigarro com o amigo em que ele estava morando). Durante um período pernoitava
no Albergue, mas não se adaptou no local. Relata gostar de viver na rua, pois
estando nesta condição sente-se livre, não passa fome, trabalha como catador de
sucata e muitas vezes se prostitui para conseguir algum dinheiro. Mesmo tendo
Família prefere viver nas ruas de São Paulo e não pretende voltar para sua terra
Natal.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos que através destas
informações que realizamos pudemos absorvemos um bom conhecimento em relação
aos moradores de rua.
Os moradores de rua são vítimas da
situação em que se encontra. A maioria tem a capacidade de se adaptar ao meio
em que vivem. Um fato impressionante sob a população acima citada é a
resistência biológica às doenças causadas por vírus, bactérias, vermes e
fungos.
Observamos
que na visita ao Albergue São Camilo, falta vagas, devido a demanda ser maior
que a oferta.
As
cidades muitas vezes esquecem os adultos em situação de rua, que são seres
humanos que também tem sentimentos, sentem esperanças e medos, como todos nós,
mas que infelizmente pelos tantos problemas sociais, como o desemprego, a baixa
renda familiar, drogas e entre outros, sofrem com a diferença e a discriminação
de não ser muitas vezes vistos como cidadão.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
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BULHÕES, Antônio. Violência.
[Internet]. Disponível em: <
http://www.deputadoantoniobulhoes.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=182:rokstock&catid=53:top-headlines&Itemid=110>.
Acesso em 25 de mai. 2012
CASTELO, João. População de rua
comercializa artigos reciclados [Internet]. Disponível em: <http://www.saoluis.ma.gov.br/frmNoticiaDetalhe.aspx?id_noticia=4607
> Acesso em 31 mai. 2012.
Pereira, Márcia Accorsi. A aguda fabricação do modo de produção vigente. [Internet]. Disponível
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Acesso em: 30 de mai 2012.
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em situação de rua. [Internet]. Disponível em: <
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Acesso em: 30 de mai.2012
SILVEIRA, Dartiu Xavier. Panorama Atual de Drogas e Dependências.1°ed. São Paulo. Ateneu, 2006.
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VIEIRA, Silvia Maria Schor; COSTA, Maria Antonieta. Principais resultados do senso da população
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http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/chamadas/2_1275339508.pdf
>. Acesso em: 31 mai. 2012
ZALUAR, Alba.
População em situação de rua: Quem é como vive como e vista. 3º ed. São
Paulo. Hucitec, 2004. 181p.
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